Livro: Beleza – Roger Scruton
Semana 02 – Página 28 a 49
(Desejando o individual a Beleza e desejo)
“Desejar algo por sua beleza é
desejar esse algo, e não querer fazer algo com ele.”
Pelo que pude compreender deste
trecho a beleza em si não precisa ser necessariamente útil ou ter uma função
ativa em nossos dias, basta que ela esteja lá, presente. Por exemplo, uma bela
pintura que escolhemos para colocar em nossa sala. Ela não é algo útil, no
sentido prático da palavra, porém a desejamos simplesmente por ser bela, por
deixar o ambiente mais agradável. O que não quer dizer que a beleza e a utilidade
não possam estar juntas. Porém, a beleza se sobrepõe à função/utilidade.
O autor cita o fato de um prédio belo ter suas funções modificadas e ainda assim continuar a existir. No documentário ele cita o exemplo de uma estação de trem que passou a ser um café e que este atrai muitas pessoas pela beleza do lugar, pelo sensação que este causa aos visitantes. Assim como demonstrou também vários prédio (horrendos por sinal) que foram abandonados, o que me recordou de vários prédios aqui em nossa cidade na mesma situação, feios e abandonados.
O autor cita o fato de um prédio belo ter suas funções modificadas e ainda assim continuar a existir. No documentário ele cita o exemplo de uma estação de trem que passou a ser um café e que este atrai muitas pessoas pela beleza do lugar, pelo sensação que este causa aos visitantes. Assim como demonstrou também vários prédio (horrendos por sinal) que foram abandonados, o que me recordou de vários prédios aqui em nossa cidade na mesma situação, feios e abandonados.
Através dos sentidos podemos
perceber e usufruir da beleza, sermos alcançados por ela. Segundo São Tomás de Aquino ‘o belo diz
respeito à visão e à audição’, vias que nos permitem apreciar e usufruir da
beleza. Esta leitura tem reforçado a importância que é treinarmos esses nossos
sentidos para perceber e usufruir da beleza, quando o feio se destaca tanto. A
cidade que resido, possui poucas construções antigas, pois em sua maioria foram
demolidas para dar lugar a novas construções (quadradas, práticas e feias), e
infelizmente não tive a mesma facilidade em percebê-los (construções antigas e
belas) como o foi com os prédios abandonados. No entanto, me deleitei ao
recordar de uma viagem a Ouro Preto/MG e da riqueza de detalhes nas construções
existentes lá, creio que hoje, após a leitura deste livro, provavelmente teria
aproveitado ainda mais os passeios.
“O prazer na beleza não é apenas
intencional, é contemplativo.”
De fato, conforme o autor nos
explica, os prazeres intencionais podem ser neutralizados, já o prazer na
beleza se renova conforme a contemplamos, sendo este um prazer comparado a um
dom (do latim ‘donu’, significa dádiva, presente). O que faz muito sentido
quando ele fala que a ‘experiência da beleza é uma prerrogativa dos seres racionais’
– criaturas com linguagem, autoconsciência, razão prática e juízo moral.
No segundo capítulo, ao tratar da
beleza humana, o autor expõe a abordagem filosófica do livro através do
questionamento: ‘O estado de espírito causado pelo confronto com a beleza possui
um fundamento racional?’.
Expõe como ela (a beleza) é
levada em conta tanto por homens, como por mulheres (no sentido sexual) e como
nos sentimos perturbados com a sua ausência (em todas as esferas da vida),
julgando ser essencial à vida em sociedade, um certo grau estético, como que
uma ‘beleza mínima’ estando o senso do belo ligado a uma necessidade coletiva
de ‘tornar especial’ algo. Afirma que a beleza não estimula o desejo, mas sim é
evocada por ele e que na esfera da arte a beleza é objeto de contemplação, não
de desejo, de modo que diante da beleza a postura contemplativa deveria/seria a
mais adequada.
A compreensão da leitura está difícil
para mim, mas creio que ao finalizar o livro, tendo acesso a toda a explanação
do autor, compreenderei melhor. Por enquanto contento-me em tentar enxergar
e/ou aplicar no dia a dia, na minha realidade, os pontos que pude compreender.
De um modo bem simplório comparo
a presente leitura como ondas a serem surfadas, no entanto, aqui ainda estou ‘tomando
caldos’.
Abraço fraterno,
Maya



