sábado, 4 de novembro de 2017

Escola sem Deus


ESCOLA SEM DEUS - Monsenhor de Segúr

“A educação sem Deus, a educação materialista mata o espirito e tudo o que se refere à alma imortal.”

Logo no inicio o autor faz um questionamento que, na verdade, resume toda a mensagem do livro: “A escola onde enviamos nossos filhos para receberem a instrução primária, deve ser cristã e ajudar assim a igreja a formar cristãos, ou não deve ocupar-se para nada da religião e deixar este cuidado exclusivamente ao sacerdote e aos pais? A escola deve ser cristã ou deve ser sem religião?”.

Inicialmente, ao ler este questionamento e tendo em mente apenas os valores ou contra valores reinante na sociedade atual, alguns pais, mesmo aqueles cristãos, podem dizer: Sim, melhor uma escola que se ocupe apenas com a instrução acadêmica e deixe a religião com a igreja. Não seria de admirar ouvir os pais dizerem isso em nossos tempos.  Provavelmente o diriam ignorando todo o mal que estariam fazendo às almas daqueles que lhe foram confiados. Os pais estão tão preocupados em tornar seus filhos bem sucedidos no plano material que estão deixando completamente de lado a formação de suas almas, deixando que pessoas que não conhecem, não acreditam e não temem a Deus influenciem seus filhos de forma definitiva, tornando-os ateus ou cristãos mornos, sem conhecimento da própria fé e da doutrina da igreja.

A presença da religião e da igreja numa escola ou mesmo na educação domiciliar possibilita à criança aprender e assimilar ensinamentos como respeito ao mestre (a autoridade), amor ao dever, obediência, constância, esforço, abnegação, etc. Como o autor mesmo diz: “A escola cristã não forma cidadãos. Ela forma cristãos e por consequência bons cidadãos: homens honrados, mulheres virtuosas e devotas ao lar e à família.” Já a falta dela forma um povo corrompido e feroz, resultando na anarquia.

“Para a família, assim como a igreja e a sociedade, a escola sem Deus, a escola sem o crucifixo e sem orações é a ruína e a perdição.”

Fico a me questionar, qual seria a reação deste autor se pudesse ver as escolas, mesmo as que se dizem cristãs, nos dias de hoje? Ainda diria que a escola é a melhor escolha, em detrimento da educação dada pela família? Mesmo que esta não “deixasse suficiente liberdade a tão esmerados cuidados”? Creio que não. Este livro veio reafirmar para mim, mais uma vez, que se o meu objetivo é cumprir o mandato de Deus para a educação e formação dos filhos que Ele me confiou, o cuidado com suas almas e o dever de levá-los a buscar a eternidade, é impossível confia-los às escolas, mesmo que eu não possa me esmerar no ensino acadêmico como gostaria ou deveria.

“Quantos combates e artifícios e inquietações para a formação do menino. A vida de uma terna mãe se esgota nessas lutas de amor e a autoridade paterna tem necessidade de intervir frequentemente com energia.”

De fato, não é fácil a rotina de uma família que opta pela educação domiciliar, em especial da mãe, que por vezes opta por sair do mercado de trabalho para dedicar-se exclusivamente à família. Administrar os cuidados da casa, os cuidados com os filhos pequenos, os imprevistos que surgem cotidianamente, com a educação formal das crianças (pesquisas, estudos, cursos, preparação de material e a aplicação do conteúdo propriamente dito), requer um esforço quase sobre humano. Requer que queiramos abraçar a cruz que nos foi confiada, beijá-la, amá-la e seguir confiante de que a Graça e Misericórdia de Deus nos alcançará, virá ao nosso socorro e nos fortalecerá.

“Pais de família, cuidai mui seriamente da educação que procurais para vossos filhos: disso dependerá a felicidade futura da juventude e por conseguinte, da sociedade.”

Encerro este resumo com as palavras de Nosso Senhor que nos diz: “34b Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35.Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á. 36.Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? (Mc 8, 34b-36)”


 Abraço fraterno,

Maya

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