ENSINANDO O
TRIVIUM - ESTILO CLÁSSICO DE MINISTRAR A
EDUCAÇÃO CRISTÃ EM CASA.
CAPITULO 6
– Ensino de Lógica
Harvey e
Laurie Bluedorn
“Sem o poder espiritual chamado lógica somos incapazes de discernir a verdade do erro.”
Para
aqueles que, como eu, tinham a lógica apenas como mais um matéria perdida
dentro de um currículo escolar (que vi apenas na faculdade) e que é visto de
forma bastante superficial, este capítulo com certeza será uma grata surpresa. Nele encontramos definições claras e objetivas
do que vem a ser a lógica, sua importância, suas subdivisões, enfim, nos dá uma
visão geral do ponto de partida para então nos aprofundarmos. Este capítulo não
apenas nos faz enxergar aquela lógica inata que esta adormecida dentro de nós,
mas que aparece vez ou outra em face das distorções grotescas as quais nos
deparamos nos dias de hoje (homossexualismo, eutanásia do ‘bem’, transgêneros,
entre tantas outras) e nos faz discernir entre o que é bom ou não, entre o que
é verdadeiro ou não.
No entanto,
‘a lógica, como qualquer outra faculdade inata, pode ter sua capacidade
desenvolvida pelo uso, seu poder fortalecido pelo treinamento e a precisão
aguçada por meio de provas’. Contudo, o que presenciamos é o atrofiamento da
lógica natural ainda na primeira infância. Crianças que são levadas a
permanecerem por horas a fio diante de dispositivos eletrônicos, leituras medíocres
e brinquedos automáticos.
No sistema educacional
vigente (escolas) ‘as crianças são treinadas para pensar como rebanho, como um
animal, e em seguida é socializada para correr com a manada’. Não possuem
pensamento próprio, não questionam o que lhes é ensinado, são programadas para
não questionar certos conceitos (exatamente porque não podem ser provados).
A lógica é
a ciência do raciocínio correto, ou seja, é o modo pelo qual as coisas se
encaixam ou, ao menos, o modo pelo qual devem se encaixar. Não basta ter
toneladas de informações é preciso ‘separar o joio do trigo’. Esta segunda via
do Trivium vem ligar a primeira via (gramática) com a terceira via (retórica)
de modo que a última seja construída fazendo uso da primeira, isto em todas as
matérias e situações a que formos submetidos.
“Sem a habilidade da lógica somos como meninos, agitados, de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astucia com que induzem ao erro (Efésios 4,14)
Um dos
questionamentos feitos ao casal Bluedorn é sobre quem deveria ensinar a lógica
aos filhos, as mães ou os pais, ao que eles indicam os pais por terem mais propensão
para entendimento e ensino da mesma, no entanto, o que determina este ponto
será a disponibilidade do educador. Um alerta que os autores nos fazem e que
acho importante frisar é o fato de que devemos aprender para então ensinar,
ficando sempre à frente do filho, mas que poderá chegar o momento em que
aprendiz superará o mestre e então é importante ter ensinado à criança o
respeito pelo outro e a humildade, de maneira que o aprendizado não venha a se
tornar um mal, podendo ser usado para criticar, escarnecer ou mesmo humilhar
aquele que sabe menos ou que veio a ser superado.
Finalizo
este capítulo com a sensação de que há nele muitas riquezas ainda não
exploradas e com o desejo e ímpeto de lê-lo e relê-lo outras vezes mais. A cada
passo que avanço no conhecimento do Trivium mais me encanto e me convenço ser
este o único caminho a ser percorrido na educação de nossos filhos, aquele que
nos levará ao conhecimento da verdade e por conseguinte ao conhecimento de
Deus, a própria VERDADE.
Abraço fraterno,
Maya






