quinta-feira, 27 de julho de 2017

Ensino da lógica, a ciência do raciocínio correto.

ENSINANDO O TRIVIUM  - ESTILO CLÁSSICO DE MINISTRAR A EDUCAÇÃO CRISTÃ EM CASA.

CAPITULO 6 –  Ensino de Lógica
Harvey e Laurie Bluedorn


“Sem o poder espiritual chamado lógica somos incapazes de discernir a verdade do erro.”

Para aqueles que, como eu, tinham a lógica apenas como mais um matéria perdida dentro de um currículo escolar (que vi apenas na faculdade) e que é visto de forma bastante superficial, este capítulo com certeza será uma grata surpresa.  Nele encontramos definições claras e objetivas do que vem a ser a lógica, sua importância, suas subdivisões, enfim, nos dá uma visão geral do ponto de partida para então nos aprofundarmos. Este capítulo não apenas nos faz enxergar aquela lógica inata que esta adormecida dentro de nós, mas que aparece vez ou outra em face das distorções grotescas as quais nos deparamos nos dias de hoje (homossexualismo, eutanásia do ‘bem’, transgêneros, entre tantas outras) e nos faz discernir entre o que é bom ou não, entre o que é verdadeiro ou não.

No entanto, ‘a lógica, como qualquer outra faculdade inata, pode ter sua capacidade desenvolvida pelo uso, seu poder fortalecido pelo treinamento e a precisão aguçada por meio de provas’. Contudo, o que presenciamos é o atrofiamento da lógica natural ainda na primeira infância. Crianças que são levadas a permanecerem por horas a fio diante de dispositivos eletrônicos, leituras medíocres e brinquedos automáticos.

No sistema educacional vigente (escolas) ‘as crianças são treinadas para pensar como rebanho, como um animal, e em seguida é socializada para correr com a manada’. Não possuem pensamento próprio, não questionam o que lhes é ensinado, são programadas para não questionar certos conceitos (exatamente porque não podem ser provados).

A lógica é a ciência do raciocínio correto, ou seja, é o modo pelo qual as coisas se encaixam ou, ao menos, o modo pelo qual devem se encaixar. Não basta ter toneladas de informações é preciso ‘separar o joio do trigo’. Esta segunda via do Trivium vem ligar a primeira via (gramática) com a terceira via (retórica) de modo que a última seja construída fazendo uso da primeira, isto em todas as matérias e situações a que formos submetidos.


“Sem a habilidade da lógica somos como meninos, agitados, de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astucia com que induzem ao erro (Efésios 4,14)

Um dos questionamentos feitos ao casal Bluedorn é sobre quem deveria ensinar a lógica aos filhos, as mães ou os pais, ao que eles indicam os pais por terem mais propensão para entendimento e ensino da mesma, no entanto, o que determina este ponto será a disponibilidade do educador. Um alerta que os autores nos fazem e que acho importante frisar é o fato de que devemos aprender para então ensinar, ficando sempre à frente do filho, mas que poderá chegar o momento em que aprendiz superará o mestre e então é importante ter ensinado à criança o respeito pelo outro e a humildade, de maneira que o aprendizado não venha a se tornar um mal, podendo ser usado para criticar, escarnecer ou mesmo humilhar aquele que sabe menos ou que veio a ser superado.

Finalizo este capítulo com a sensação de que há nele muitas riquezas ainda não exploradas e com o desejo e ímpeto de lê-lo e relê-lo outras vezes mais. A cada passo que avanço no conhecimento do Trivium mais me encanto e me convenço ser este o único caminho a ser percorrido na educação de nossos filhos, aquele que nos levará ao conhecimento da verdade e por conseguinte ao conhecimento de Deus, a própria VERDADE.

Abraço fraterno,

Maya


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