sexta-feira, 14 de julho de 2017

Os inconscientes não tem consciência de sua inconsciência... Escola, NÃO!

ENSINANDO O TRIVIUM  - ESTILO CLÁSSICO DE MINISTRAR A EDUCAÇÃO CRISTÃ EM CASA.

CAPITULO 3 –  Pais cristãos devem preferir a escola regular?

Harvey e Laurie Bluedorn

“As criancinhas não podem ser tratadas como pequenos adultos”

Desde sempre, quando pensava na instrução dos filhos que porventura eu viesse a ter, a escola sempre me pareceu a opção mais óbvia, na verdade a única opção. Como muitos pais, a educação domiciliar me era totalmente desconhecida. Se há 5 anos atrás alguém me dissesse que eu educaria meus filhos em casa, sem que estes frequentassem uma escola regular, eu provavelmente daria risadas e diria que isto é impossível. Para mim, naqueles tempos, a educação domiciliar realmente era algo inconcebível.

Entretanto, para a nossa alegria, Deus tem seu modo especial de fazer acontecer em nossas vidas os planos que Ele tem para nós e isso acontece a partir do momento em que colocamos em Suas mãos o leme de nossas vidas e o pedimos que nos guie. Não sei dizer o momento em que esta ideia tomou forma em nossas mentes e em nossos corações, as coisas foram simplesmente acontecendo, as pessoas foram surgindo e a educação domiciliar passou a ser para nós não somente a primeira opção, mas a única opção aceitável para a formação espiritual e intelectual dos nossos filhos.

 “E vós pais não provoqueis os vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor. Efésios 6,4

Após iniciar os estudos sobre a educação domiciliar e também de praticá-la em nossa casa fica difícil não perceber os malefícios que a escola regular traz às crianças e às famílias. É perceptível a diferença entre uma criança que é educada numa creche ou escola e aquela que fica integralmente no lar. Neste capítulo os autores conseguiram colocar de forma clara alguns problemas com a escola regular, entretanto destaco aqui os dois que mais me chamaram a atenção:

“O respeito à autoridade dos pais fica solapado/destruído quando na mente das crianças outras autoridades são exaltadas acima deles.” De fato, basta observar a forma como as crianças se referem a algo que o professor(a) tenha dito e como ele recebe aquilo como uma verdade absoluta. Quando li esta frase lembrei-me imediatamente de um comentário de um casal amigo, ativos na educação da filha, que reclamaram do fato de sempre a terem alertado sobre a importância do uso do cinto de segurança no veículo e ela nunca fez comentários sobre o assunto, no entanto, após a professora ter tratado sobre o assunto em sala de aula a filha passou a falar a todos sobre como a professora a ensinou sobre o uso do cinto de segurança, não concedendo em momento algum que os próprios pais já a haviam ensinado, ou seja, antes de mais nada o que vale é o que a professora ensina em sala de aula. Toda a autoridade dos pais esta comprometida, diante da autoridade da escola.

“Escolas regulares podem criar uma atmosfera de rivalidade ímpia em vez de desafio piedoso”. Basta alguns minutos num ambiente escolar ou uma breve reflexão dos próprios anos escolares para verificar a veracidade destas palavras. É comum ouvir que a criança precisa frequentar a escola para se socializar, para que tenha convivência com outras crianças e isto é colocado como se a escola fosse a única opção para tal. No entanto, parando para analisar o ambiente escolar e como é realmente a convivência entre as crianças ali, este passaria a ser justamente um motivo para NÃO permitir que nossos filhos frequentassem a escola regular.  Toda a virtude presente na criança pode ser seriamente comprometida diante das pressões dos grupos, diante da necessidade de inserção e aceitação desses grupos.

A frase “os inconscientes não tem consciência de sua inconsciência” define exatamente a situação dos pais em relação a escola, e eu me incluía nela até ter lido este capítulo. Como pais temos a obrigação de instruir nossos filhos e aos poucos e conforme sua maturidade irmos possibilitando a eles a exposição ao mundo.

Desde que iniciamos a educação domiciliar tornou-se comum usarmos a frase: “Não sabemos do futuro, então não descartamos a escola...” No entanto, agora vejo que esta possibilidade deve ser totalmente descartada, que por pior que seja a educação intelectual que venhamos a proporcionar a nossos filhos em casa, ainda assim ela será muito melhor do que qualquer escola pode vir a oferecer. Nossos filhos terão em casa o acompanhamento individual e avançarão conforme a capacidade de cada um, conforme suas aptidões e individualidades, sendo amparados pelo carinho e proximidade da família. Nenhuma escola jamais poderá proporcionar a nossos filhos nada parecido a isto.





"É no cotidiano que se aprende a viver. Nas atividades  cotidianas se aprendem as lições de todo ausentes do ambiente escolar.”





Sabemos que muitos não compreenderão nossa decisão pela educação domiciliar, até mesmo porque não têm a visão cristã da educação dos filhos. Desta forma nivelam suas decisões com as demandas de uma sociedade materialista e egoísta que tem como indicadores de sucesso a capacidade de consumo das pessoas e não o ‘ser pessoa’. Estamos dispostos a nos render aos caminhos de Deus, não apenas no tocante a educação dos filhos, mas em relação a toda a nossa vida, como pais, como casal e como cristãos. Que o Senhor nos oriente, nos fortaleça e nos capacite, para que possamos crescer todos, em estatura, sabedoria e graça.

Abraço fraterno,

Maya


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