ENSINANDO O
TRIVIUM - ESTILO CLÁSSICO DE MINISTRAR A
EDUCAÇÃO CRISTÃ EM CASA.
CAPITULO 3 – Pais cristãos devem preferir a escola regular?
Harvey e Laurie
Bluedorn
“As criancinhas não podem ser tratadas como pequenos adultos”
Desde sempre, quando pensava na instrução
dos filhos que porventura eu viesse a ter, a escola sempre me pareceu a opção
mais óbvia, na verdade a única opção. Como muitos pais, a educação domiciliar
me era totalmente desconhecida. Se há 5 anos atrás alguém me dissesse que eu
educaria meus filhos em casa, sem que estes frequentassem uma escola regular,
eu provavelmente daria risadas e diria que isto é impossível. Para mim,
naqueles tempos, a educação domiciliar realmente era algo inconcebível.
Entretanto, para a nossa alegria, Deus tem
seu modo especial de fazer acontecer em nossas vidas os planos que Ele tem para
nós e isso acontece a partir do momento em que colocamos em Suas mãos o leme de
nossas vidas e o pedimos que nos guie. Não sei dizer o momento em que esta
ideia tomou forma em nossas mentes e em nossos corações, as coisas foram
simplesmente acontecendo, as pessoas foram surgindo e a educação domiciliar
passou a ser para nós não somente a primeira opção, mas a única opção aceitável
para a formação espiritual e intelectual dos nossos filhos.
“E vós pais não provoqueis os vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor. Efésios 6,4
Após iniciar os estudos sobre a educação
domiciliar e também de praticá-la em nossa casa fica difícil não perceber os
malefícios que a escola regular traz às crianças e às famílias. É perceptível a
diferença entre uma criança que é educada numa creche ou escola e aquela que
fica integralmente no lar. Neste capítulo os autores conseguiram colocar de
forma clara alguns problemas com a escola regular, entretanto destaco aqui os
dois que mais me chamaram a atenção:
“O
respeito à autoridade dos pais fica solapado/destruído quando na mente das
crianças outras autoridades são exaltadas acima deles.” De fato, basta
observar a forma como as crianças se referem a algo que o professor(a) tenha
dito e como ele recebe aquilo como uma verdade absoluta. Quando li esta frase
lembrei-me imediatamente de um comentário de um casal amigo, ativos na educação
da filha, que reclamaram do fato de sempre a terem alertado sobre a importância
do uso do cinto de segurança no veículo e ela nunca fez comentários sobre o
assunto, no entanto, após a professora ter tratado sobre o assunto em sala de
aula a filha passou a falar a todos sobre como a professora a ensinou sobre o
uso do cinto de segurança, não concedendo em momento algum que os próprios pais
já a haviam ensinado, ou seja, antes de mais nada o que vale é o que a
professora ensina em sala de aula. Toda a autoridade dos pais esta
comprometida, diante da autoridade da escola.
“Escolas
regulares podem criar uma atmosfera de rivalidade ímpia em vez de desafio
piedoso”. Basta alguns minutos num ambiente escolar ou uma breve reflexão
dos próprios anos escolares para verificar a veracidade destas palavras. É
comum ouvir que a criança precisa frequentar a escola para se socializar, para
que tenha convivência com outras crianças e isto é colocado como se a escola
fosse a única opção para tal. No entanto, parando para analisar o ambiente
escolar e como é realmente a convivência entre as crianças ali, este passaria a
ser justamente um motivo para NÃO permitir que nossos filhos frequentassem a
escola regular. Toda a virtude presente
na criança pode ser seriamente comprometida diante das pressões dos grupos,
diante da necessidade de inserção e aceitação desses grupos.
A frase “os inconscientes não tem
consciência de sua inconsciência” define exatamente a situação dos pais em
relação a escola, e eu me incluía nela até ter lido este capítulo. Como pais
temos a obrigação de instruir nossos filhos e aos poucos e conforme sua
maturidade irmos possibilitando a eles a exposição ao mundo.
Desde que iniciamos a educação domiciliar tornou-se
comum usarmos a frase: “Não sabemos do futuro, então não descartamos a
escola...” No entanto, agora vejo que esta possibilidade deve ser totalmente
descartada, que por pior que seja a educação intelectual que venhamos a
proporcionar a nossos filhos em casa, ainda assim ela será muito melhor do que
qualquer escola pode vir a oferecer. Nossos filhos terão em casa o
acompanhamento individual e avançarão conforme a capacidade de cada um,
conforme suas aptidões e individualidades, sendo amparados pelo carinho e
proximidade da família. Nenhuma escola jamais poderá proporcionar a nossos
filhos nada parecido a isto.
"É no cotidiano que se aprende a viver. Nas atividades cotidianas se aprendem as lições de todo ausentes do ambiente escolar.”
Sabemos que muitos não compreenderão nossa
decisão pela educação domiciliar, até mesmo porque não têm a visão cristã da
educação dos filhos. Desta forma nivelam suas decisões com as demandas de uma
sociedade materialista e egoísta que tem como indicadores de sucesso a
capacidade de consumo das pessoas e não o ‘ser pessoa’. Estamos dispostos a nos
render aos caminhos de Deus, não apenas no tocante a educação dos filhos, mas
em relação a toda a nossa vida, como pais, como casal e como cristãos. Que o
Senhor nos oriente, nos fortaleça e nos capacite, para que possamos crescer
todos, em estatura, sabedoria e graça.
Abraço fraterno,
Maya

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